A Suprema Corte de Justiça da Argentina determinou nesta terça-feira, 10, a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner. Ela foi condenada a seis anos de reclusão por corrupção e pode ser presa a qualquer momento a partir de agora.
A pena já havia sido declarada e oficializada duas vezes juridicamente, mas a ex-líder aguardava em liberdade após apresentar um recurso de anulação. A Corte, porém, recusou o pedido.
Kirchner estava na sede do Partido Justicialista, cercada de apoiadores, quando recebeu a notícia. Em reposta, a ex-mandatária incitou aliados a irem às ruas protestar por ela. De acordo com informações do jornal “Clarín”, algumas rodovias chegaram a ser bloqueadas em Buenos Aires, capital da Argentina.
A ex-presidente já havia declarado o plano de concorrer novamente nas eleições legislativas argentinas de 2025 – mas, com a decisão, ela é considerada inelegível.
A condenação
A ordem de prisão de Cristina Kirchner se dá pelo favorecimento do dono de uma empresa natural de Santa Cruz – justamente o local em que a família Kirchner começou a carreira política. O esquema garantiu ao empresário 51 licitações para obras públicas.
Além disso, ela é condenada por comandar uma organização criminosa e promover uma istração fraudulenta entre 2003 e 2015, com rombos de de US$ 1 bilhão no orçamento público. Kirchner, no entanto, nega todas as acusações.